Certa vez, eu ouvi falarem de um casal um tanto estranho... Um casal formado por uma fada e um humano... A história é assim...
Marina estava voando pela floresta, sozinha e entediada. Até que ouviu um enorme estouro vindo de uma estrada próxima.
Ela voou até a estrada e vê um carro deformado com uma árvore encima e um rapaz dentro que, aos seus olhos, parecia um anjo, só que com um corte na cabeça. O rapaz tinha cabelo preto e cacheado, parecia ser alto e forte e seus olhos entreabertos revelavam um azul claro do tom das águas de um rio limpo. Lindíssimo... – pensou ela.
Olhando a cena, percebeu que o carro logo explodiria, então tirou o rapaz de dentro do carro e voou com ele para uma clareira.
- Você é um anjo? – perguntou o rapaz.
- Não, sou uma fada – disse Marina, rindo.
- Minha fada... Eu sou Leandro... E você?
- Marina.
- Lindo nome...
- Não fale nada, Leandro. Precisa descansar.
- Não preciso descansar... Não com você aqui...
- E este corte? Está doendo muito?
- Um pouco...
- E o resto do corpo?
- Um pouquinho dolorido...
- Já vou cura-lo.
Dizendo isso, Marina deixou Leandro na grama e correu em busca de flores e ervas.
Achando o que precisava, Marina beijou e acariciou a planta onde havia posto o xarope que conseguiu fazer e correu de volta para Leandro.
Aproximando-se de Leandro, Marina derrabou o xarope no corte e ele logo sumiu.
- Você é mesmo uma fada... A minha fada... Pensei que estivesse delirando... – disse Leandro, como se para convencer-se de sua nova realidade.
- Eu disse que era... Então, Leandro, como foi que bateu?
- Eu não sei... Eu estava dirigindo até a casa de meus avós, levando alguns tecidos, e eu já estava fazendo isso à muito tempo... Estava um pouco sonolento...
- E porque não parou em algum lugar para descansar? – repreendeu Marina.
- Eu não queria demorar... Mas, posso repensar... – disse Leandro aproximando-se de Marina.
Marina ficou sem ação ou vê-lo se aproximando, mas seu corpo todo se excitou com isso.
Leandro encostou de leve seus lábios nos de Marina. O que era para ser um selinho, tornou-se um intenso beijo... Apaixonando-se cada vez mais o recém-casal continuou aprofundando o ato pelo resto do dia.
Depois daquele dia, os dois estavam completamente apaixonados... Um completava o outro... O amor que eles sentiam um pelo outro era intenso o suficiente, para eles continuarem a se encontrar...
Entre risos, beijos e carícias Leandro e Marina amavam-se todos os dias... Encantando-se um com o outro... Possuídos pela magia da paixão... Amando-se e transbordando ternura... Vivendo os minutos como se fossem os últimos, pois sabiam que um dia aquele momento não seria vivido novamente... O sonho acabaria.
Eles já haviam percebido que, como Marina era uma fada, uma imortal, e Leandro era um humano, um mortal, tudo chegaria ao fim...
Eles sabiam que um dia a morte os separaria e toda a magia sumiria... Mas, mesmo assim, não conseguiam resistir a paixão.
Os dias passavam e o amor aumentava... Pior seria para a pobre imortal... Ela viveria em um eterno sofrimento... Seu mundo perderia o sentido e a cor... Seu inferno se tornaria real.
Mas nada importava, desde que os dois permanecessem juntos... A fada e o Humano.
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